Vida? Momentos? Trabalho? Procurar viver?

Eu gosto de encarar a vida como algo relativo. Na minha opinião, viver não pode ser considerado ganhar muito dinheiro e ser multimilionário. A vida não se pode basear em coisas materiais. Bens materiais e dinheiro não querem dizer boa vida. Boa vida, a meu ver, baseia-se em momentos, "flashs" da tua vida, momentos que tu viveste e que, mais tarde, a memória mostrou-te esses bons momentos e tu pensas "Ai... Que boa vida!". Isso é vida: teres bons (e de preferência, muitos!) momentos de alegria, felicidade e risos! Mas na vida também é bom ter momentos menos bons porque, experiências falhadas no passado torna-se experiência para o futuro.

Vida não é teres um bom emprego e receber um elevado ordenado! Vida é seres feliz com o trabalho que tens e gostares de conviver com as pessoas com quem convives! Vou dar o meu exemplo: Jogo futebol há 11 anos. Estive 9 anos no S.C.Vianense, um ano no A.D.Darquense e agora estou no A.D.Chafé. Aqueles 9 anos no SCV foram bons, porque guardei belos momentos e belas histórias para a minha vida, ou seja, foram (boa) vida! Mas, o ano passado no ADD e este ano no ADC têm sido como uma "obrigação" comigo mesmo, como uma relação que já está morta mas queres insistir porque guardaste belos momentos e queres continuar a vivê-los. Isto não é vida e, definitivamente, não é boa. 

Pelos motivos que apresentei, não posso dizer que toda a gente no mundo vive. Muita gente no mundo limita-se a sobreviver e muita mais gente ainda, simplesmente, existe. Vejo tanta gente infeliz com o trabalho que tem... Gente essa que só os vejo felizes um ou dias por semana (infelizmente, o fim de semana é só sábado e domingo...). Se o que nos feliz é ser músico ou pintor ou até construtor civil, porque é que temos de ser todos médicos, advogados e engenheiros? Somos obrigados a escolher o que queremos fazer no futuro demasiado cedo e depois admiram-se quando aparece uma notícia de um "Sr. Advogado" ou outra profissão assim do género que abandona o seu emprego para fazer algo completamente diferente e que não merece qualquer tipo de respeito mas que torna essa pessoa numa pessoa realizada.