Emprego?

Está prestes a começar um novo ano letivo. Aos que vão conhecer a realidade universitária pela primeira vez, aproveitem: é o melhor ano da vossa vida. Aos que deixaram de ser caloiros, preparem-se para mais um ano de “vida loca”. Aos que, como eu, entraram na reta final do percurso académico: a boa vida está a acabar e o mercado de trabalho, mais do que nunca, está à porta! (Serei o único completamente assustado com isto?)

                A verdade é que estou na minha última etapa de estudante universitário e continuo sem saber o que vou fazer do meu futuro. Provavelmente, trabalhar numa caixa do continente (sem querer desrespeitar as pessoas com esse ofício, mas eu não fui para a universidade para isso).

                Não se enganem: há emprego (ou, pelo menos, parece haver emprego em Viana do Castelo). Mas, emprego para o curso que estou a concluir? Nem por isso. Não vejo muitos jovens a terem oportunidades de brilhar e eu vejo muitos da minha geração com talento para a área.

                A comunicação social portuguesa, em grande parte, é um lixo. Vejo muito pouco a ser muito bem feito. Cabe às gerações mais novas da comunicação mudar isso. Mas como é que nós podemos mudar isso se não há emprego para todos os que se formam nesta área (sem contar com os já formados e os que lá trabalham há anos)?

                Se és caloiro de comunicação, tens de ouvir esta verdade: se queres trabalhar na área vai para o Porto ou Lisboa. Quem já está na área, tem noção disso. Trabalhar na comunicação sem estar numa grande cidade é um enorme desafio. E agora que penso nisso, sempre gostei de grandes desafios.